Fila do supermercado de mãe desempregada: às 16 horas. Tenho sempre à frente carrinhos de bebés e cotas, e muitos sorrisos. Nos carrinhos as pessoas levam alfaces, carnes e coisas acabadas em “inhos” (filetezinhos, danoninhos, bolinhos…)
Fila do supermercado de solteira empresária: acontecia às 22h. Tinha à minha frente sempre gajas magras, de saltos altos e estupidamente bem maquilhadas para aquela hora. E bêbedos. Levavam iogurtes magros, muitas garrafas de várias coisas e cereais esquisitos.
Acho que subi na vida. Ou na fila para a vida, para ser mais exacta.